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Goiás reforça prevenção e combate ao mormo
Pecuária

O Governo de Goiás está reforçando as ações de prevenção e combate ao mormo, uma doença infecciosa causada por bactéria e mais frequente em equinos e muares, que pode contaminar o ser humano (em raríssimos casos). O presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária, Arthur Toledo, discutiu o assunto com representantes de entidades e da iniciativa privada na Exposição Agropecuária de Goiânia. Entre  as atividades definidas como prioritárias está a ampliação da atuação educativa em relação à doença.

A Agrodefesa planeja realizar um workshop, juntamente com Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento (Mapa) e setor privado, para traçar diretrizes no controle da doença, assim como metas e indicadores com base municipal. Na reunião, foi apresentada a avaliação geral dos focos de mormo em Goiás e as ações sanitárias relacionadas desenvolvidas. Neste ano foram confirmados três casos: em Hidrolândia, Abadia de Goiás e Goiânia.

Por conta disso, as propriedades onde estão os animais foram interditadas. Ao ser detectado equídeo contaminado com a doença, o local é interditado e é feito o isolamento dos animais. Trinta dias depois é realizado novo exame para a confirmação do diagnóstico. Todos os animais que tiveram contato com o equídeo contaminado também são submetidos a exames. Com a confirmação da doença, o cavalo ou muar deve ser sacrificado.

O animal com  mormo apresenta febre, catarro, nódulos subcutâneos e pneumonia. Porém, aqueles acometidos pela forma crônica da doença podem não apresentar sintomas, por isso a necessidade do exame para o diagnóstico. A contaminação ocorre por meio do contato com o pus, secreção nasal, urina ou fezes do animal contaminado. O presidente da Agrodefesa destaca que a incidência da doença é um dificultador na comercialização de equídeos. Hoje, para o transporte interestadual ou internacional de equídeos é necessário que seja apresentado o exame negativo para mormo e para anemia infecciosa equina (AIE), além do atestado de vacinação para influenza.

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Ações

Segundo Toledo, a meta é fazer com que as ações sanitárias para equinos sejam massificadas e incorporadas pelos produtores rurais assim como as de bovinos (como campanhas de vacinação contra febre aftosa). Ele adianta que em evento realizado na Exposição Agropecuária o governador Marconi Perillo anunciou o apoio para realização de ampla campanha de mídia educativa. Também serão melhorados e diversificados os materiais gráficos sobre o tema.

O Estado também está investindo em laboratório com equipamentos para detecção de mormo. A estrutura já está montada, sendo que agora está ocorrendo o diálogo junto ao Fundo de Desenvolvimento Agropecuário de Goiás (Fundepec) e Mapa para os recursos relativos a insumos. A Agrodefesa se prepara ainda para a creditação do laboratório pelo Inmetro, que deve ocorrer no próximo mês de agosto. Esse é um dos laboratórios que deve integrar a Rede Estadual de Laboratórios, que está sendo consolidada pela Secretaria de Desenvolvimento. Hoje os exames para identificação de mormo ocorrem em laboratórios fora do Estado.

A recuperação do status de zona livre de mormo traz algumas especificidades por causa dos aspectos culturais, históricos, sociais e políticos da criação de equídeos em Goiás. Alguns deles são animais domésticos, outros de trabalho no campo, outra parte é utilizada em eventos esportivos e assim por diante. Arthur Toledo afirma que a a estimativa é que haja cerca de 500 mil equídeos em todo o Estado, mas menos de 20% é cadastrado junto à Agrodefesa.

Nesse sentido, a ampliação desse cadastro ainda é foco da Agência, em parceria com o setor privado. Quanto maior o controle das propriedades que contêm esse tipo de animal, maiores as chances da erradicação da doença em território goiano. A intensificação da fiscalização e ações educativas em eventos que envolvem equídeos também ocorrerá. “Queremos que os produtores entendam que a Guia (Guia de Trânsito de Animal – GTA) não é um instrumento de arrecadação, mas uma taxa que possibilita a existência de um programa de sanidade para o animal dele”, destaca o presidente da Agrodefesa.

- Goiás Agora