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Condições justas e dignas para as mulheres ceresinas
Denúncia

Na pirâmide social as mulheres recebem os menores rendimentos, são as que mais sofrem com o desemprego, as que mais estabelecem relações informais de trabalho sem proteção social e ocupam posições de menor prestigio. Os resultados destas discriminações, indireta ou invisível, tornam-se evidentes quando se analisam os indicadores de desemprego, rendimento e da violência. Cabe destacar que esta situação, ainda existente, vem se alterando de modo significativo ao longo dos últimos anos, resultados das políticas adotadas pelos governos nas três esferas (Federal, Estadual e Municipal); das pressões e demandas dos movimentos sociais; e do maior reconhecimento social sobre as desigualdades e discriminações de gênero e raça/etnia.

A mulher deve ter o direito de não sofrer agressões no espaço público ou privado, a ser respeitada em suas especificidades e a ter garantia de acesso aos serviços da rede de enfrentamento à violência contra a mulher, quando passar por situação em que sofreu algum tipo de agressão, seja ela física, moral, psicológica ou verbal.

Onde deveria existir uma relação de afeto e respeito, existe uma relação de violência, que muitas vezes não é vista por estar atrelada a papéis que são culturalmente atribuídos para homens e mulheres. Tal situação torna difícil a denúncia e o relato, pois torna a mulher agredida ainda mais vulnerável à violência.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, dados dos anos de 2006 a 2010, o Brasil está entre os dez países com maior número de homicídios femininos. Esse dado é ainda mais alarmante quando se verifica que, em mais de 90% dos casos, o homicídio contra as mulheres é cometido por homens com quem à vítima possuía uma relação afetiva e com freqüência na própria residência das mulheres.

Balanço dos atendimentos realizados de janeiro a outubro de 2015 divulgados pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR): 38,72% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente; para 33,86%, a agressão é semanal; 85,85% corresponderam a situações de violência doméstica e familiar contra as mulheres. Em 67,36% dos relatos, as violências foram cometidas por homens com quem as vítimas tinham ou já tiveram algum vínculo afetivo: companheiros, cônjuges, namorados ou amantes, ex-companheiros, ex-cônjuges, ex-namorados ou ex-amantes das vítimas. Em cerca de 27% dos casos, o agressor era um familiar, amigo, vizinho ou conhecidos.

É dever do Estado e uma demanda da sociedade enfrentar todas as formas de violência contra as mulheres. Coibir, punir e erradicar todas as formas de violência deve ser preceitos fundamentais de um país que preze por uma sociedade justa e igualitária entre mulheres e homens.

O enfrentamento às múltiplas formas de violência contra as mulheres é uma importante demanda no que diz respeito a condições mais dignas e justas para as mulheres.

Em Ceres a população conta com o Centro Regional de Referência das Mulheres em Ceres/GO (CRRMC), que presta atendimento humanizado às mulheres em situação de violência (violência doméstica e familiar contra a mulher ).

É importânte a participação da mulheres nos espaços públicos, sociais e comunitários, participar é um caminho seguro para a construção da cidadania da mulher ceresina e do Vale do São Patrício. Sendo coerente com o Plano Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres que estimula o exercício de uma cultura igualitária, democrática e não reprodutiva de estereótipos de gênero, raça/etnia, orientação sexual e/ou geracional.

Fonte: CENTRO DE REFERENCIA DA MULHER (FONE 3323.1056 Central Nacional -Disque 180) - Endereço rua 31, praça da feira – setor vila nova Ceres-GO