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Ações da Agrodefesa permitem abertura de novos mercados
Pecuária

O reconhecimento nacional e internacional da efetividade da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) na campanha pela erradicação da febre aftosa foi decisivo para a manutenção de Goiás como área livre da doença. Isso tem permitido a abertura de novos mercados e a fidelização dos já conquistados, mediante garantia de qualidade sanitária e segurança alimentar dos produtos goianos de origem animal. Entre 2011 e 2014, R$ 19 milhões provenientes de convênios com o Ministério da Agricultura que foram utilizados para equipar o Agrodefesa com veículos, equipamentos de informática e materiais de escritórios, o que melhorou consideravelmente as condições de trabalho tanto do pessoal técnico como do administrativo.

Com o programa de informatização e o software do Sidago, criado pela própria Agrodefesa, o órgão hoje se tornou referência nacional no efetivo controle de pragas vegetais e doenças animais, servindo inclusive de exemplo para outros estados brasileiros. Vários estados estão utilizando o software da Agrodefesa, tais como Ceará, Alagoas, Amazonas, Acre, Rondônia, Paraná, Amapá e Roraima, além de pelo menos um país vizinho, o Suriname.

A modernização da inspeção estadual trouxe a garantia de alimentos de qualidade para a população goiana desde a fazenda, onde os alimentos são produzidos, até a mesa do consumidor.

Entre 2011 e 2014, o número de bovinos abatidos e inspecionados cresceu 47,57%; o de suínos abatidos e inspecionados cresceu 8,26%; e o de aves cresceu 15,79%. Também os produtos cárneos inspecionados evoluíram 35,30%; e o leite in natura, 5,42%. Desde 2011, também consolidou-se a inspeção em frigoríficos e laticínios com SIE, mediante a lotação de inspetores exclusivos para cada estabelecimento, política que também deu a Goiás o status de referência nacional em inspeção.

No Laboratório de Análise e Diagnóstico Veterinário (LabVet), dentre as principais atividades destacaram-se, entre 2011 e 2014, a realização de exames de Anemia Infecciosa Equina (AIE), com crescimento de 54,77%; exames de brucelose 1,62%; e os exames de raiva, que registraram aumento de 5,05%.

O excepcional desempenho da Agrodefesa na implementação da política de defesa agropecuária permitiu que em três anos se reduzisse para apenas 24 meses a idade dos animais com vacinação obrigatória contra a febre aftosa na etapa de novembro. Também corroboram a qualidade da sanidade pecuária goiana os resultados positivos de inúmeras missões estrangeiras que auditaram os controles sanitários do Estado, dentre elas os países da União Aduaneira, a União Européia, o Oriente Médio, o México, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia , China , Caribe e Vietnã.

Também atesta o elevado padrão sanitário da agropecuária goiana a anuência do Ministério da Agricultura para que Goiás integre o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi). A medida torna a inspeção estadual equivalente à inspeção federal, o que permitirá que os produtos com SIE possam ser comercializados em todo o País, abrindo novos mercados à pequena e média indústria do Estado,dando a ela, definitivamente, a possibilidade de crescimento, alcançando os maiores mercados consumidores do País.

Ações da Agrodefesa em 2014

Vacinação contra aftosa Foto: Eduardo Ferreira

Vacinação contra aftosa
Foto: Eduardo Ferreira

Aftosa - As ações para a erradicação da febre aftosa têm se mostrado cada vez mais efetivas, aproximando-se continuamente dos 100% e imunização do rebanho bovino e bubalino, hoje ao redor de 21 milhões de animais. Na primeira etapa da vacinação de 2014 (maio), foram vacinadas 20.884.236 cabeças, ou 99,74% do rebanho existente. Esse desempenho representa um crescimento de 0,55% em relação à mesma etapa do ano anterior, quando foi alcançado o índice de 99,21%. Para a etapa de novembro, a expectativa é de que o índice vacinal se aproxime ainda mais dos 100%, que é a meta permanente da Agrodefesa.

Raiva - Na primeira etapa de 2014 foram vacinados contra a raiva dos herbívoros 13.475.345 bovinos e bubalinos nos 119 municípios em que é obrigatória a imunização dos rebanhos contra a doença. Esse número representa um aumento de 84,12% em relação a 2013, quando foram vacinados 7.318.686 animais. Foram atendidos oito focos de raiva no Estado, além da captura de 24 morcegos transmissores do vírus da causador da doença. O combate à raiva é considerado de especial importância, porque além do impacto econômico, a doença é uma zoonose, isto é, pode ser transmitida ao ser humano.

Brucelose - Até outubro foram vacinadas 1.433.084 bezerras com idade entre 3 e 8 meses. Foram atendidos 58 focos da doença, 38,29% menos que em 2013, com a confirmação de 124 animais positivos, com a consequente destinação dos mesmos ao sacrifício sanitário. Para tornar os controles mais rigorosos ainda, a Agrodefesa adotou medida que trava o sistema de emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) para propriedades de cujos cadastros contem bezerras em idade vacinal sem o competente comprovante da imunização. A brucelose é uma doença de grande impacto econômico, pois provoca aborto e infertilidade, e de grande preocupação em termos de saúde pública, pois se trata de um zoonose (transmissível a humanos) cuja transmissão se dá pela ingestão de carne, leite e derivados contaminados.

Tuberculose - Em 2014 foram atendidos 33 focos de tuberculose bovina no Estado, contra 39 no ano anterior. Houve a identificação de 221 animais positivos e todos eles destinados ao sacrifício sanitário. Foi concluído em novembro um estudo epidemiológico da tuberculose bovina em que foram examinados 18.711 animais de 904 propriedades de todo o Estado. Foram identificados 70 animais positivos em 28 propriedades, o que representa uma prevalência de 0,37%. Esse é um dos menores índices da doença no País, facultando ao Estado um novo status em relação à tuberculose bovina. Isso eleva consideravelmente o conceito do leite e da carne goiana, bem como dos seus derivados, junto aos mercados consumidores nacionais e internacionais. O programa para a erradicação da tuberculose bovina é de grande alcance social para o Estado, tendo em vista que a produção de leite é uma atividade essencialmente de pequenos e médios produtores, que assim passariam a ter acesso aos grandes mercados internacionais de leite e derivados.

Peste Suína Clássica
Mantido o foco na erradicação da PSC do Estado, a Agrodefesa obteve importante conquista com o reconhecimento de Goiás como área livre da doença pela Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). A meta agora é o reconhecimento internacional, pleito que a Agência pretende apresentar em 2015. Para tanto, o órgão já criou grupo de trabalho para desenvolver as ações de cadastro, fiscalização e vigilância de criatórios de suínos. O reconhecimento internacional do Estado como área livre de PSC abrirá os maiores mercados do mundo para a suinocultura goiana.

Capriovinos
A Agrodefesa realizou em 2014 um inquérito soroepidemiológico de lentivirose de pequenos ruminantes, com vistas a determinar a prevalência da Artrite- Encefalite Caprina (CAE) e a Maedi-Visna (ovinos) nos rebanhos do Estado. No caso do rebanho caprino foi constatada uma prevalência da CAE de 2,93%. Foram analisadas 923 amostras de 126 propriedades distribuídas por 88 municípios goianos. Para o rebanho ovino o resultado foi negativo. Foram analisadas 2.130 amostras de 228 propriedades em 125 municípios.

AIE
Foram atendidos 119 focos de Anemia Infecciosa Equina (AIE) até outubro, 51,82% a menos que em 2014, quando foram registrados 247. Duzentos e trinta e oito animais identificados como positivos e destinados ao sacrifício sanitário, número 30,4% menor que no ano anterior, quando foram constatados 342 animais positivos para AIE.

Mormo - Durante a Exposição Agropecuária de Goiânia em outubro, foi constatado o primeiro caso de mormo no Estado com o exame positivo de uma égua Mangalarga proveniente de criatório de Itumbiara, sacrificada nos termos das normas sanitárias vigentes. Os exames foram negativos para os demais 127 equídeos que se encontravam no interior do Parque de Exposições. O caso retirou de Goiás o status de área livre de mormo, mas revelou a eficiência e rigor dos mecanismos de controle da Agrodefesa. A partir desse evento, inclusive, a Agrodefesa negociou parceria com o Fundepec para aquisição de equipamentos de laboratório, solicitou credenciamento junto ao Mapa e a partir do próximo mês o LabVet já estará procedendo aos exames de mormo.

Fiscalização Animal - Até outubro, foram abordados 43.754 veículos que, no total, transportavam 211.645.575 animais, além de 52.284 veículos transportadores de produtos de origem animal e 6.462 com subprodutos. Os postos fixos fiscalizaram 97.452 veículos e a fiscalização volante abordou outros 1.200. Também foram fiscalizados 2.700 eventos pecuários e apuradas 193 denúncias de irregularidades em relação às normas sanitárias.

Inspeção Animal - Até outubro de 2014 foram inspecionados os abates de 527.130 bovinos; 340.920 suínos; e 21.425.207 aves. Também foram inspecionados 25.239 toneladas de produtos cárneos e derivados; 2.400 toneladas de pescado e derivados; e 19.546 toneladas de produtos lácteos e derivados; além de 97.732.500 litros de leite in natura e 2.678.325 dúzias de ovos.

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Sanidade Vegetal -  Até outubro, foram cadastradas 116 áreas de algodão, 1.138 de soja, 221 de tomate e 2 de uva. Foram inspecionadas 1.437 plantações de banana, 7 de cucurbitáceas, 444 plantações de citros e 183 viveiros de citros e 18 de tomate.

Fiscalização - Foram fiscalizados 72.219 veículos transportadores de produtos de origem vegetal, 1.382 estabelecimentos revendedores de agrotóxicos, 240 estabelecimentos comerciais de mudas, 377 de sementes e 6 unidades de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos. Também foram fiscalizadas 5.764 propriedades em relação ao cumprimento do vazio sanitário e destruição de restos culturais.

Laboratório de Análise de Diagnóstico Veterinário (LabVet) - Dentre as principais ações, até outubro foram realizadas 32 análises para botulismo, 4.163 para anemia infecciosa equina (AIE), 495 para brucelose e 1.020 para raiva.

Laboratório de Controle de Qualidade de Alimentos (Labquali) - Até outubro, foram realizadas 1.428 análises físico-químicas para terceiros e 871 de interesse da fiscalização, o que representa crescimento respectivo de 4% e 66,54% em relação a todo o ano anterior. Também foram realizadas 1.454 análises microbiológicas de interesse de terceiros e 886 de interesse da fiscalização, configurando um crescimento de 10,31% e 66,85%, respectivamente.

Combate a Helicoverpa
O Estado de Goiás antecipou-se aos demais no combate à lagarta Helicoverpa armigera, o que evitou que a praga avançasse de forma avassaladora nas lavouras goianas, a exemplo do ocorrido no Oeste da Bahia. Por solicitação da Agrodefesa, o Mapa declarou Goiás área de Emergência Fitossanitária da Helicoverpa armigera. Como medidas para o controle da lagarta foram realizados seis seminários regionais no Estado, para esclarecimento dos produtores sobre a Helicoverpa; dois treinamentos para 104 fiscais da Agrodefesa; e coletadas amostras da praga em 61 municípios com confirmação da presença da lagarta em 23 municípios. A Agrodefesa, em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), iniciou a execução do projeto de pesquisa intitulado Mapeamento de Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) nos sistemas de cultivo em Goiás.

Para execução do projeto a Agrodefesa designou uma comissão com quatro servidores para coordenação e mais 54 técnicos para atuarem na execução do referido projeto. O objetivo geral é o mapeamento da Helicoverpa armigera em diferentes sistemas de cultivos no Estado de Goiás. Será realizado treinamento teórico e prático sobre identificação da praga aos técnicos envolvidos no trabalho de mapeamento, além do levantamento em diferentes sistemas produtivos no Estado de Goiás, a fim de verificar o comportamento da praga ao longo de um ano em diferentes cultivos e diferentes condições climáticas.

Assim, espera-se ao final do projeto obter importantes informações a respeito dos diferentes sistemas de cultivos multiplicadores de praga em Goiás, subsidiando o serviço de defesa agropecuária para implantação de políticas públicas no Estado, a definição do manejo integrado nas diversas culturas, além de publicações de artigos científicos e circulares técnicas que auxiliarão os produtores no combate à praga.

- Goiás Agora